Segundo artigo da RFI, que não cita a fonte, caso não se verifiquem avanços com as duas missões da CEDEAO à Guiné-Bissau, será convocada para Sábado uma Cimeira extraordinária dos líderes da organização, tendo por ponto único a discussão da situação de impasse vigente e a adopção de medidas. Mas em Lomé? Por decisão do Presidente da CEDEAO, que também é Presidente do Togo? Sabendo que o Presidente do Conselho de Ministros da CEDEAO, Robert Dussey (na fotografia, com Marcel de Souza), também é togolês. Porque não Bissau? O senhor Faure Gnassingbé não tem problemas de locomoção, anda sempre a viajar, ainda há pouco tempo passou por Abidjan. Conacri também é um dos seus destinos favoritos. Para quê ofender ainda mais a soberania da Guiné-Bissau? Quando aconteceu a crise do Mali, apanharam todos o avião para ir resolver o assunto in loco.
Sobretudo não existindo condições de segurança na capital togolesa, com a oposição determinada a promover manifestações de massa esta semana, apesar da sua proibição. Fica claro uma vez mais que o ditador sanguinário pretende utilizar o caso da Guiné-Bissau como diversão. De 10 a 13, já tinha uma reunião africana pelo desarmamento, para aumentar as medidas "de segurança". O dia 14 está previsto como o momento culminante das manifestações. Trata-se de arranjar pretextos para continuar a empatar as negociações sobre a situação no seu próprio país, para desespero do mediador, o Presidente do Gana. Será que, em caso de ruptura do processo negocial, e da ocorrência de uma grave situação de violação dos Direitos Humanos nas ruas de Lomé, se vai reciprocamente marcar para Bissau uma Cimeira extraordinária para tratar da situação no Togo?
Apesar da gravidade do caso togolês, este parece paradoxalmente continuar fora da agenda da CEDEAO.
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