domingo, 1 de abril de 2018

Alphanóia

Um artigo de ontem dá conta de Alpha Condé se encontrar em plena paranóia, tendo militarizado o centro de Conacri, que está interdito à circulação automóvel e pedestre. Aparentemente, teme um golpe de estado, e não se fez rogado para enviar a Paris uma delegação, incluindo o Ministro da Comunicação, para promover a tese descabelada de que a oposição pensa realizar manifestações com milícias armadas (invertendo a verdade dos factos, pois é ele próprio e o seu partido que o têm feito, para intimidar a população). Acusando inclusivamente a oposição de matar os seus próprios apoiantes para acusarem o presidente. A tese é de que a oposição está a tentar usar a rua para se opor à "legitimidade" democrática emanada das urnas, quando todos sabem que os resultados das eleições locais de 4 de Fevereiro foram grosseiramente falsificados. A ideia nem sequer é nova, tendo sido lançada pelo Director da Redacção da revista Jeune Afrique, conhecido em Conacri como a "puta da caneta", por vender os seus odiosos posicionamentos aos ditadores africanos pró-FrançAfrique. Depois das manifestações em Paris, ontem, dia 31 de Março, foi a vez de Londres, onde os guineenses, que se sentem abandonados pela Comunidade Internacional, se manifestaram contra Alpha Condé frente ao número 10 da Downing Street

Alpha Condé, é indigno da presidência da União Africana. Alpha Condé é uma mentira. 

Hoje, dia 1 de Abril, fazem dez anos da ascensão ao poder do Presidente do Botswana, Ian Khama. O qual não quer ficar nem mais um dia à frente do país e, depois de uma volta de adeus, passa hoje o poder ao seu Vice, antes do fim do seu mandato, afirmando ter imensos projectos e querer manter-se afastado da política. Será por isso que este país é um dos mais estáveis de África, com as maiores taxas de crescimento? Por que razão será que, em vez de escolher os melhores exemplos, os presidentes africanos escolhem os piores? Quem boa khama fizer, nela se deitará...

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