terça-feira, 3 de abril de 2018

Quem usa e abusa da Lusa?

A UE não "concorda com política de sanções" (as quais nem sequer foram à Guiné-Bissau, mas a indivíduos) nem "optou por apoiar as sanções". 

A agência de (des)informação portuguesa produz uma (pseudo)notícia enviesada com base no diz que disse, quatro dias depois? Com base num blog? "Disse à Lusa fonte europeia"? Ou leram aqui? É que não acrescentam absolutamente nada, para além de meia dúzia de banalidades. 

Como compreender que a TSF (tolos sem fronteiras?), o Observador (cego?), o Diário de Notícias (notícias falsas e brevemente semanário), ou até a RTP (é melhor que não alinhem este nojo no écran) reproduzam acriticamente esta barbaridade? São órgãos de informação ou simples caixas de ressonância, de copy/paste automático? Se é para serem todos iguais e nivelarem por baixo, mais vale fundirem-se todos no mesmo esgoto.

Por incrível que pareça, só o Correio da Manhã parece ter revelado algum espírito crítico. Depois de publicada, apagaram a "notícia" e o link indexado no Google conduz a uma página de erro. Os parabéns da Direcção BiM, pela responsabilidade revelada neste caso e por terem evitado cair na esparrela de se tornarem mais uma "Maria vai com as outras". Como se aperceberam? É que tentaram resumir a notícia, como pudemos constatar, acedendo à notícia em cache. Foi o único órgão que mexeu no original. Ao tentarem confirmar, descobriram o rabo de palha e decidiram-se, e muito bem, pela sua eliminação.

PS Para mais esclarecimentos sobre este assunto, vem aqui consultar o blog BiM.

3 comentários:

  1. O próprio documento original é um lixo. Quem o escreveu dá tantos erros de ortografia que só o corrector ortográfico o poupa à vergonha. Escreveu "elições" e aceitou a correcção para lições (onde deveriam estar "eleições"). Para não falar dos erros de construção como a ECOMIB ser "mais necessária"; ou de ortografia, como o "obstruem" por "obstroem".

    ResponderEliminar
  2. Chamo a atenção do BIM para as pequenas divergências no texto. Nomeadamente, em relação ao "obstroem", que já vem corrigido no texto da Lusa, bem como o "plenamente" do texto do Ditadura e Consenso, que aparece como "totalmente", o que parece indiciar que a Lusa teve acesso a um documento noutra língua, tendo procedido à sua tradução. A ser o caso, de qualquer forma, não deixa de ser muito pouco deontológico o "disse à Lusa fonte europeia", omitindo o contexto em que o documento foi produzido. Não foi para a Lusa, mas para a reunião do CPS da UA. Enorme falta de ética.

    ResponderEliminar
  3. Agradecemos o contributo. É claro que isto dá aso a grande confusão. Um blog guineense, Rispito, até já escreve que "A UE considerou hoje"... enfim, a Lusa parece andar a fazer fretes de desinformação.

    http://www.rispito.com/2018/04/comunidade-europeia-apoia-as-sancoes.html

    ResponderEliminar