Com menos de metade da área da Guiné-Bissau, o Kuwait faz lembrar o mapa da Guiné-Bissau visto ao espelho. Mas há mais parecenças: a sua capital também dá o nome ao país, encontra-se numa abertura para o mar com várias ilhas ao largo, tem secções rectas da fronteira, possui mais ou menos o mesmo número de cidadãos (apesar de o país ter o dobro dos habitantes) e está dependente quase a 100% das exportações de um único produto.
Lembre-se ainda que o Embaixador do Kuwait na ONU, Mansour Al-Otaibi, teve uma intervenção relevante aquando da tentativa de endosso das sanções da CEDEAO, apontando com alguma perplexidade que o caso da Guiné-Bissau era único, entre aqueles analisados pelo Conselho de Segurança, sendo puramente político e alheio a qualquer ameaça securitária.
"The situation in the West African country is different from other cases being examined by the UNSC in the sense that it is purely political remotely from any security dimensions."
Há pouco, a Agência Noticiosa do país emitiu uma nota acusando recepção de uma carta transmitida em mão por enviado especial, dirigida ao Emir por parte do Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, na qual expressa a vontade de reforçar os laços de cooperação bilateral em várias áreas. Cooperação? Só se for para trocar ouro negro por ouro castanho.
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