sábado, 17 de março de 2018

Espectro de guerra civil em Conacri


Condenação da presença das milícias donzo em Conacri (patrocinadas por Alpha Condé, fazendo apelo ao fantasma étnico): 

"Um precedente grave que não deve ficar impune. Deve ser reprimido, pois esta situação é de natureza a dar ideias a outros e a conduzir ineluctavelmente o nosso país à guerra civil. (...) Os extremistas devem ser travados no seu ímpeto diabólico. É imperioso que os republicanos acordem. Aqueles que acreditam numa sociedade de debate respeitando o contraditório, têm de tomar uma atitude, senão corremos o risco de vermos o nosso país precipitar-se no abismo da guerra civil. Cada dia que passa nos aproximamos mais do caos. O perigo de que falo não é o terrorismo, é bem pior, porque os pirómanos conseguiram instalar nos espíritos os germes de um conflito comunitário."

Quem ontem escreveu isto não foi um activista qualquer. Foi o deputado Ousmane Gaoual, vice-presidente da Comissão Parlamentar de Defesa e Segurança, que assim acusa o Presidente de ser um pirómano pior que terrorista e de estar a fomentar uma catástrofe humanitária.

Alpha Condé em desespero de causa, leva o ódio aos adversários políticos ao paroxismo de subtrair os seus mortos: ordenou que fizessem desaparecer o corpo do jovem (muito próximo dos líderes da oposição) assassinado na quarta-feira durante uma manifestação. Alguns já pedem o envio de uma força da CEDEAO, para proteger a população das exacções do seu Presidente, que acusam de terrorismo de Estado

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